Este blogue foi criado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica 2,3 D. Pedro IV com o objectivo de assinalar o Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal. Atendendo à importância deste momento histórico, que originou uma viragem na História do nosso país, pretendemos, com a colaboração de todos os alunos, professores e Associação de Pais, contribuir, tal como consta no site oficial – CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910-2010 – para “aprofundar os valores e o ideário republicanos, em especial no que diz respeito à participação social e política e à promoção do progresso social, económico e cultural de Portugal.”

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Afonso (Augusto da) COSTA
Seia, 06-03-1871; Paris, 11-05-1937

Às vezes, há figuras que ficam na História, mas que por não ocuparem o primeiro plano, acabam por não ser suficientemente divulgadas. É o caso de Afonso Costa e do seu papel na 1ª República. Assim, pareceu-me interessante dá-lo a conhecer melhor.
Afonso Costa licenciou-se (1894) e doutorou-se (1895) em Direito na Universidade de Coimbra. Acabou por ser um advogado muito prestigiado e um dos juristas mais respeitados do seu tempo. Foi professor na Universidade de Coimbra, na Escola Politécnica de Lisboa, na Faculdade de Estudos Sociais e de Direito de Lisboa e no Instituto Superior de Comércio (1915).
Orador de fibra e homem de convicções, desde cedo se impôs na vida política. Tinha uma paixão desmesurada pelo republicanismo, influenciado pelos ideais maçónicos e anti-clericais. Publicou (1890), com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano. Era conhecido pela violência dos seus discursos contra o regime monárquico e, por isso, teve um papel importante na agitação política que precedeu a sua queda.
Proclamada a República (5 de Outubro de 1910), foi parlamentar e assumiu funções governativas como Ministro da Justiça (1910-11), Ministro das Finanças (1913-14 e 1915-17) e Presidente do Ministério (1913-14, 1915-16 e 1917). Deu um grande contributo para a Constituição Republicana (1911) e é responsável por iniciativas políticas que levaram à elaboração de leis muito importantes. Deve-se-lhe também a elaboração do primeiro Orçamento de Estado.
Foi o principal instigador da revolta contra a ditadura de Pimenta de Castro (1915) e esteve preso durante três meses, acabando por se exilar em Paris (1918). Retomada a normalidade democrática no país, foi sucessivas vezes instado a constituir ministério ou a aceitar a pasta das finanças mas recusou sempre. No seguimento da revolução de 1926 (28 de Maio) que, depois de um período de ditadura militar, lançou as bases do Estado Novo, foi exonerado de todos os cargos oficiais que ocupava.


Inês 6º D

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