Este blogue foi criado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica 2,3 D. Pedro IV com o objectivo de assinalar o Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal. Atendendo à importância deste momento histórico, que originou uma viragem na História do nosso país, pretendemos, com a colaboração de todos os alunos, professores e Associação de Pais, contribuir, tal como consta no site oficial – CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910-2010 – para “aprofundar os valores e o ideário republicanos, em especial no que diz respeito à participação social e política e à promoção do progresso social, económico e cultural de Portugal.”

quarta-feira, 24 de março de 2010

terça-feira, 23 de março de 2010

O "Racha-Sindicalistas"


Afonso Costa, personagem relevante da 1ª República, assume o cargo de deputado no ano de 1900, com 19 anos de idade. Em 1906 é expulso de S. Bento por motivo de insultos à Coroa. Durante a 1ª República foi um dos políticos dominantes, ocupou a pasta da justiça e em 1913 foi primeiro- ministro. Enquanto governou, verificou-se uma grande agitação sindical, muitas greves e manifestações que foram reprimidas através da força. Chegaram mesmo a encerrar a "Casa Sindical" e a prender mais de quinze mil sindicalistas. Afonso Costa perde o apoio do operariado. A forma violenta que o seu governo utilizou para reprimir as manifestações sindicais levou a que Afonso Costa ficasse conhecido como o "racha-sindicalistas"
Fontes: Portugal Século XX, Círculo de Leitores
História de Portugal, Maria Cândida Proença

A Revolução na Imprensa Francesa

Fonte: Portugal Século XX, Círculo de Leitores

Teófilo Braga



Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasceu em Ponta Delgada, a 24 de Fevereiro de 1843. Foi um político, escritor e ensaísta português. Estreou-se na literatura em 1859 com “Folhas Verdes”. Era licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.
É um membro activo na política portuguesa desde 1878, ano em que concorre a deputado pelos republicanos federalistas. Exerce vários cargos de destaque nas estruturas do Partido Republicano Português. A 1 de Janeiro de 1910 torna-se membro efectivo do directório político, conjuntamente com Basílio Teles, Eusébio Leão, José Ribeiro e José Relvas.
A 28 de Agosto de 1910 é eleito deputado por Lisboa, e em Outubro do mesmo ano torna-se presidente do Governo Provisório.
Teófilo Braga foi eleito Presidente pelo Congresso, a 29 de Maio de 1915. Presidente de transição, face à demissão de Manuel de Arriaga, cumprirá o mandato até ao dia 5 de Outubro do mesmo ano, sendo substituído por Bernardino Machado.

Joana Mateus - 6ºD

A Força de Rua


“Qual é coisa qual é ela que entra pela porta e sai pela janela?”

A 1ºa República é marcada por uma agitação permanente. A "pancadaria", as revoluções e os atentados fazem parte da rotina política nacional.
A situação de instabilidade vivida naquele tempo leva a que Afonso Costa(líder do Partido Republicano Português), em 1915, entre em pânico ao confundir com uma bomba o disparo dos dijuntores de um eléctrico, e se lance pela janela do mesmo onde viajava. Sofre um traumatismo craniano e fica associado a uma adivinha popular : “Qual é coisa qual é ela que entra pela porta e sai pela janela ?”

Guilherme Patrício - 6ºC

quinta-feira, 18 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

BANDEIRA NACIONAL


A bandeira nacional é dividida em duas partes: verde e vermelha.
A verde significa a esperança dos portugueses no futuro.
A parte vermelha significa o sangue derramado nas guerras por todos os portugueses ao longo dos séculos.
No centro encontra-se a esfera armilar que lembra o rei D. Manuel I, da época dos descobrimentos.
O escudo das armas contém os sete castelos conquistados por D. Afonso Henriques aos mouros.
No centro, as cinco quinas simbolizam as chagas de Cristo, mostrando que Portugal é uma nação Cristã.
Daniela Mendes - 6º C

1ª proposta para a Bandeira Nacional

Após a Revolução de 5 de Outubro de 1910, o governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de gente com grande prestígio para que elaborasse um projecto de bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro; o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente da marinha António Ladislau Parreira. Naturalmente, inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da Revolução.
Fonte:Jornal de Notícias
Maria Inês Lopes - 9ºA

segunda-feira, 8 de março de 2010

UM TESTEMUNHO DE UM SÉCULO

Quando Eugénia Teixeira de Carvalho nasceu não pode ser baptizada logo no dia seguinte, como era hábito no início do século XX. No dia 5 de Outubro de 1910 a igreja de Celorico de Bastos tinha sido fechada pelos republicanos que sacudiam o país.
A avó Eugénia, como é hoje chamada pela família, ficou a saber destas e de outras histórias ainda em miúda. No dia Internacional da Mulher, o SAPO foi saber mais episódios e memórias desta portuguesa que reside em Braga.
Da infância passada em Celorico de Bastos, Eugénia recorda-se de um dia em que alguns funcionários da República foram até a casa de sua avó para “roubarem” o milho lá armazenado, como estavam a fazer com outros agricultores das redondezas. “Na noite anterior, tínhamos escondido o milho na casa de minha mãe, pelo que eles não conseguiram encontrar nada”, recorda.
Nos dias que correm, Eugénia considera que as pessoas mudaram. Antes eram mais “sinceras”. As mulheres têm mais “liberdade” mas também “são menos trabalhadeiras do que antigamente”, nota.
No próximo 5 de Outubro, a Primeira República faz cem anos e Eugénia Teixeira de Carvalho também espera festejar o seu aniversário, mas só a 10 de Outubro, o dia que foi baptizada e registada.
@Alice Barcellos

domingo, 7 de março de 2010

A moda em 1910



Grandes Armazéns do Chiado, Novidades do Inverno de 1910

(imagens retiradas de revistaantigaportuguesa.blogspot.com)

Selos da República






(Imagens retiradas de Leilões.net)

24 de Novembro 1910 - Madeira


"Pelas 21h20 sentiu-se um abalo de terra no Funchal, acompanhado de ruído subterrâneo, que parecia partir do lado nordeste.


No mesmo dia sentiram-se dois abalos no Curral de Freiras.


Dois dias depois nouve outro abalo no Funchal, às 12h25m.

Durou cerca de 4 segundos e a oscilação pareceu horizontal."


(Elucidário Madeirense)

1910 - Paris



Paris, 28 de Janeiro de 1910: o ano de uma das maiores catástrofes naturais da cidade.

O nível do Rio Sena atingiu uma marca nunca antes registrada na escala gravada num dos pilares da Ponte de Austerlitz: 8,6 metros.

Paris que era considerada o paradigna das metrópoles mundiais, naquela alatura, depois da reurbanização dos anos 1860 - transformou-se numa Veneza.

Durante um mês inteiro de Inverno, as ruas do centro da cidade e 20000 imóveis ficaram alagados. Um milhão de pessoas foram evacuadas da capital francesa. A população trocou os veículos por barcos...

A enchente gigantesca provocou uma rara unidade nacional, que nunca mais foi reproduzida, nem durante as duas grandes guerras mundiais.
(Adaptação de Veja.com)

Orlando Ribeiro: 1911-1997


Orlando Ribeiro é considerado o "pai" da Geografia, do século XX, pela introdução do factor humano como elemento cetnral à compreensão geográfica, entendida como síntese de muitas realidades.

Nasce em Lisboa a 16 de Fevereiro de 1911, logo após a implantação da República.

É criado em Runa e nos arredores de Almada, pelo seu avô, o Major Augusto Carvela. Na companhia do avô tem os primeiros contactos com o campo, em grandes passeios. Foi em Viseu, terra do seu pai, onde por várias vezes passou férias, que despertaram as suas "primeiras curiosidades de geógrafo".

Orlando Ribeiro e os seus avós

Em 1921 matricula-se no Liceu Passos Manuel onde é admitido com classificação equivalente a 20 valores. Neste liceu faz exame da 7ª classe, secção de letras, onde obtém a classificação de 18 valores. Nos seus tempos livres criou o hábito de se "debruçar longamente sobre os atlas, fantasiando viagens que um dia havia de fazer...". Nas folgas da escola, atraía-o "particularmente um atlas, por sinal medíocre" que se "entretinha a copiar e a aguarelar".

Entre 1928 e 1932 frequenta a Secção de Ciências Históricas e Geográficas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a seguir frequenta a cadeira e laboratório de Geologia do Instituto Superior Técnico de Lisboa.

Em 1935, participa num cruzeiro de férias para estudantes dirigido por Marcelo Caetano, como professor adjunto da Missão Cutlural, às ilhas da Madeira e de Cabo Verde, à Guiné, Angola e São Tomé e Príncipe. Dirige a bordo um curso de 6 lições sobre "Geografia das Colónias Portuguesas do Atlântico".

O seu Doutoramento em "Ciências Geográficas" pela Faculdade de Letras de Universidade de Lisboa, com um trabalho sobre a Serra da Arrábida: A Arrábaida. Esboço Geográfico, realiza-se em 1936.

Depois de uns tempos em Paris, ingressa como professora extraordinário na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1941, tendo sido nomeado professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dois anos depois. É fundador, ainda nesse ano, do Centro de Estudos Geográficos de Lisboa.

Orlando Ribeiro

No ano de 1949 organiza o XVI Congresso Internacional de Geografia, o primeiro do pós-guerra.

Das suas viagens ao "mundo protuguês", Madeira, Açores, Ilhas de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola, Moçambique, Índia e Brasil, resulta o projecto "Um Povo na Terra".

Em 1966 funda a revista Finisterra, Revista Portuguesa de Geografia, cuja publicação se mantém nos nossos dias.

É autor de inúmeros livros e artigos lidos por alunos de todo o mundo.

É jubilado pela Faculdade de Letras de Lisboa em 1981 - merecidamente!

E morre a 17 de Novembro de 1997 - quase 100 anos de acompanhamento da República.

(Passagens citadas de Orlando Ribeiro, Memórias de um geógrafo, partes II e III).

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mulheres na República - Carolina Beatriz Ângelo


O direito de voto....
O 5 de Outubro de 1910, marca a viragem da História Portuguesa no dealbar do Século XX, cheia de esperança nos valores da Revolução Francesa e tão significativa para os direitos civis, políticos e, de alguma forma ainda que muito tímida, sociais.
Adelaide cabete e Carolina Ângelo pertenciam as duas à Maçonaria através de uma loja de adopção, já que as lojas maçons eram exclusivamente masculinas.

Estas duas mulheres, ambas formadas em medicina, bordaram as bandeiras desfraldadas na Praça do Município no dia 5 de Outubro, o que significava serem pessoas de grande confiança do movimento republicano que lhes confiou tão secreta tarefa.

Carolina Beatriz Ângelo invocando a sua condição de chefe de família, já que era viúva, e de pessoa letrada, condições exigidas para o exercício do voto, exerceu o seu direito em 1911, tendo a legislação sido alterada em 1913, ficando claro na letra da lei que as mulheres não podiam votar. Grande parte dos Republicanos pensava que dar o voto às mulheres era muito perigoso, porque, segundo eles, a grande maioria das mulheres estava sob forte influência dos padres e da igreja.





quarta-feira, 3 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Os postais na 1ª República

António Ventura, professor catedrático do Departamento de História da Faculdade de Letras de Lisboa fala-nos acerca da sua obra " Os Postais da Primeira República".