Este blogue foi criado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica 2,3 D. Pedro IV com o objectivo de assinalar o Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal. Atendendo à importância deste momento histórico, que originou uma viragem na História do nosso país, pretendemos, com a colaboração de todos os alunos, professores e Associação de Pais, contribuir, tal como consta no site oficial – CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910-2010 – para “aprofundar os valores e o ideário republicanos, em especial no que diz respeito à participação social e política e à promoção do progresso social, económico e cultural de Portugal.”

segunda-feira, 8 de março de 2010

UM TESTEMUNHO DE UM SÉCULO

Quando Eugénia Teixeira de Carvalho nasceu não pode ser baptizada logo no dia seguinte, como era hábito no início do século XX. No dia 5 de Outubro de 1910 a igreja de Celorico de Bastos tinha sido fechada pelos republicanos que sacudiam o país.
A avó Eugénia, como é hoje chamada pela família, ficou a saber destas e de outras histórias ainda em miúda. No dia Internacional da Mulher, o SAPO foi saber mais episódios e memórias desta portuguesa que reside em Braga.
Da infância passada em Celorico de Bastos, Eugénia recorda-se de um dia em que alguns funcionários da República foram até a casa de sua avó para “roubarem” o milho lá armazenado, como estavam a fazer com outros agricultores das redondezas. “Na noite anterior, tínhamos escondido o milho na casa de minha mãe, pelo que eles não conseguiram encontrar nada”, recorda.
Nos dias que correm, Eugénia considera que as pessoas mudaram. Antes eram mais “sinceras”. As mulheres têm mais “liberdade” mas também “são menos trabalhadeiras do que antigamente”, nota.
No próximo 5 de Outubro, a Primeira República faz cem anos e Eugénia Teixeira de Carvalho também espera festejar o seu aniversário, mas só a 10 de Outubro, o dia que foi baptizada e registada.
@Alice Barcellos

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