Este blogue foi criado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica 2,3 D. Pedro IV com o objectivo de assinalar o Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal. Atendendo à importância deste momento histórico, que originou uma viragem na História do nosso país, pretendemos, com a colaboração de todos os alunos, professores e Associação de Pais, contribuir, tal como consta no site oficial – CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910-2010 – para “aprofundar os valores e o ideário republicanos, em especial no que diz respeito à participação social e política e à promoção do progresso social, económico e cultural de Portugal.”

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Primeiro Governo Constitucional

O Primeiro Governo Constitucional de Primeira República durou de 3 de Setembro de 1911 a 12 de Novembro de 1911.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O HINO DAS ÁRVORES

in: Ilustração Portugueza, nº 473, 15 de Março de 1915
O HINO DAS ÁRVORES
Quem planta uma árvore enriquece
a terra, mãe piedosa e boa:
E a terra aos homens agradece,
a mãe aos filhos a bençoa.
A árvore, alçando o colo cheio
de seiva forte e de esplendor,
deixa cair do verde seio
a flor e o fruto, a sombra e o amor.
Crescei, crescei, na grande festa
da luz, do aroma e da bondade,
árvores-glória da floresta!
árvores-vida da cidade!
Crescei, crescei, sobre os caminhos,
árvores belas, maternais,
dando morada aos passarinhos,
dando alimento aos animais!
Outros verão os vossos pomos!
Se hoje sois fracas e crianças,
nós esperanças também somos:
plantamos outras esperanças!
Para o futuro trabalhamos:
pois, no porvir, nossos irmãos
hão-de cantar sob estes ramos,
e bendizer as nossas mãos!
Hino das Árvores, letra de Olavo Bilac, O Século Agrícola, nº 26, 25-01-1913, p. 1
in: João Medina (sob direcção), História Comtemporânea de Portugal, Primeira Répública I, p. 184, Amigos do Livro, Editores, Lisboa, 1985.

Proposta de Guerra Junqueiro para bandeira nacional


Bandeira proposta em Outubro de 1910 por Guerra Junqueiro.
"A bandeira nacional é a identidade duma raça, a alma dum povo, traduzida em cor. O branco simboliza inocência, cândura unânime, pureza virgem. No azul há céu e mar, imensidade, bondade infinita, alegria simples. O fundo da alma portuguesa, visto com os olhos, é azul e branco."
Guerra Junqueiro, Barca de Alva, 13 de Outubro de 1910
(Apud Raul Brandão, Memórias II, p. 88)
in: João Medina (direcção de), História Contemporânea de Portugal, Primeira República I, p. 75, Amigos do Livro, Editores, Lisboa, 1985

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Selos comemorativos da 1ª República

O grupo CTT comemorou o 5 de Outubro com uma emissão filatélica dedicada ao Ideário Republicano. A emissão destes selos foi lançada em 5 de Outubro de 2009, no Palácio de Belém, em sessão presidida pelo Presidente da República.

Vê, no vídeo abaixo, os selos comemorativos do Ideário da 1ª República.

Escola António José da Cunha, uma escola da 1ª República

A escola António José da Cunha foi construída em 1907, no auge da 1ª República, com fins políticos e educativos. Possui fachada neoclássica e foi pintada nas cores vermelha e azul. Foi inaugurada a 21 de Agosto de 1910, onde esteve presente Afonso Costa que, juntamente com Francisco Grandela, decidiram homenagear Augusto José da Cunha, atribuindo o seu nome a esta escola.

A Câmara Municipal de Azambuja procedeu ao restauro desta Escola cedendo o direito de propriedade a uma empresa privada e reservando uma sala a funcionar como Posto de Turismo.

domingo, 18 de abril de 2010

A Educação na República

A educação mereceu especial atenção dos primeiros governos republicanos que tentaram, a todo o custo, resolver o problema do analfabetismo em Portugal. Em 1910, as taxas de analfabetismo rondavam os 71% na totalidade, sendo 81,2% para as mulheres. Para combater rapidamente esta situação, criaram-se escolas móveis que funcionavam nas freguesias onde não existiam escolas fixas. Estas escolas eram frequentadas por crianças, mas também por adultos. O ensino primário foi a área a que a República prestou mais atenção. Assim, a reforma de 1911 criou dois ciclos: o ensino primário elementar, com a duração de três anos; o ensino primário complementar, com a duração de cinco anos, mas manteve apenas a obrigatoriedade para os primeiros três anos de ensino.
A República tornou o ensino laico, isto é, acabou com o ensino da religião na escola. Em substituição da disciplina de Religião e Moral , criou uma nova disciplina, denominada Educação Cívica, com a finalidade de formar cidadãos que defendessem as instituições Republicanas.
Nas escolas eram desenvolvidas actividades que visavam desenvolver nos alunos o amor à Pátria e aos grandes heróis portugueses e o respeito pela bandeira.
Fonte: "História de Portugal", Maria Cândida Proença


Manuel de Arriaga


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu no dia 8 de Julho de 1840, nos Açores. Era filho de Sebastião de Arriaga Brum da Silveira e Maria Antónia Pardal Ramos Caldeira de Arriaga. Casou com Lucrécia de Brito Furtado de Melo, de quem teve seis filhos. Morreu em Lisboa, em 5 de Março de 1917, com 76 anos.
Manuel de Arriaga foi o primeiro Presidente da República de Portugal, eleito em Agosto de 1911. No seu discurso, Manuel de Arriaga afirma-se depositário da simpática missão de chamar o país à paz e harmonia, missão essa, que, depois se torna espinhosa, à medida que a rivalidade, começou a minar a família republicana.
Ao abandonar a presidência da República, Manuel de Arriaga dedicou-se à escrita, o seu último livro intitula-se “Na Primeira Presidência da República Portuguesa”, e pode considerar-se um rápido relatório, com qual procura justificar o seu rumo político.
Trabalho realizado por Pedro Meireles - 6º C

sábado, 17 de abril de 2010

Imagens da República, duelo



Quem não era homem para deixar passar em branco uma ofensa à sua honra, desafiava os seus oponentes para um duelo, apesar de ser proibido pelo Código Penal. Foi o que aconteceu em 1915.

ardinas,imagens da 1ª república





." As relações tempestuosas do regime republicano com a imprensa afectaram também o ganha-pão desta classe, constituída por rapazes pobres que nada se importavam com a política e apenas queriam vender os jornais que lhes pusessem nas mãos. Desde 1910 as apreensões, os assaltos e as suspensões obrigaram a fechar muitos jornais, o que deixou sem trabalho centenas de ardinas.
http://www.centenariodarepublica.org/centenario/2009/04/08/o-nosso-simbolo-o-policia-a-correr-atras-do-ardina/

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fotos antigas de Lisboa, Alfama 1901

Este era um dos bairros operários, um pátio típico onde as famílias se apinhavam e os vizinhos partilhavam cozinhas ou casas de banho.
A revolução industrial tinha provocado o êxodo rural.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fotos da República


"Eusébio Leão, à varanda dos Paços do Concelho, depois de proclamada a República, aconselha moderação"
http://jmgs.fotosblogue.com/r598/Lisboa-de-1850-a-1974/48/

museu da presidência e Jogos...

Conheces o site do Museu da presidência?
Pois bem, está na altura de o explorares...

Eu acabei de o fazer e, de repente, estava nos jogos!!! este que aqui partilho, é uma espécie de jogo da forca mas, se perdermos, não somos enforcados mas devorados por um leão, cuja jaula se vai abrindo à medida que erramos as letras escolhidas...

Boa sorte e bom divertimento...

http://museu.presidencia.pt/jogos/entrada.htm

A 1ª República e o Culto da Árvore

Com a implantação da República, a sociedade portuguesa enriqueceu-se de novos valores e símbolos, entre os quais se destaca o culto da árvore.

Nesse sentido, iniciam-se a partir dessa altura diversas manifestações cívico-pedagógicas:
- festas da árvore;
- criação da Associação Protectora da Árvore;
- a propaganda sistemática a favor da árvore através de festas, conferências, plantações comemorativas;
- publicação de artigos de jornal e livros alusivos;
- a classificação e protecção de árvores notáveis;
- reorganização e modernização da Administração Florestal;
- a intensificação do regime florestal direcionado para a arborização das dunas do litoral e do interior montanhosso e serrano.
A primeira festa da árvore realizou-se em 1907, no Seixal, promovida pela Liga Nacional de Instrução, com a participação de professores, alunos e população do Seixal, bem como outros cidadãos de localidades próximas.
Nesse mesmo ano, em Dezembro, realizou-se outra festa da árvore, em Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal, mobilizando estudantes das principais escolas desta cidade.
Estas festas constavam sobretudo de plantação de árvores, convívio e discursos de propaganda a favor da árvore.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

O regicídio visto por D. Manuel

..."Na capital estava tudo num estado excitação extraordinária: bem se viu aqui no dia 28 de Janeiro em que houve uma tentativa de revolução a qual não venceu. Nessa tentativa estava implicada muita gente: foi depois dessa noite de 28, que o Ministro da Justiça Teixeira d'Abreu levou a Villa Viçosa o famoso decreto que foi publicado em 31 de Janeiro. Foi uma triste coincidência ter rubricado nesse dia de aniversário da revolta do Porto. Meu Pae não tinha nenhuma vontade de voltar para Lisboa. Bem lembro que se estava para voltar para Lisboa 15 dias antes e que meu Pae quis ficar em Villa Viçosa: Minha Mãe pelo contrário queria forçosamente vir. Recordo-me perfeitamente desta frase que me disse na vespera ou no próprio dia que regressei a Lisboa depois de eu ter estado dois dias em Villa Viçosa. "Só se eu quebrar uma perna é que não volto para Lisboa no dia 1 de Fevereiro. Melhor teria sido que não tivessem voltado porque não tinha eu perdido dois entes tão queridos e não me achava hoje Rei! Enfim, seja feita a Vossa vontade Meu Deus!..."

in http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/doc012.htm

O regicídio visto por João Franco

«(...) A minha carruagem era a quarta da fila, logo atrás do automóvel do infante D. Afonso. Surpreendido e inquieto pelo ruído de um tiro de revólver ou de Browning, que manifestamente vinha do lado da estátua equestre, quando a minha carruagem passava em frente à porta do Ministério da Guerra, e para logo sentindo apertar-se-me o coração, por àquele tiro, evidentemente um sinal, se ter imediatamente seguido um nutrido e rápido tiroteio para as bandas do Ministério das Obras Públicas, que as equipagens iam defrontando, - saltei do meu carro e corri para o lado de onde o tiroteio partira. Nessa ocasião ia passando também, a correr no mesmo sentido, o par do Reino António Costa, e ambos seguimos envolvidos na espessa onda de povo que fugia para as ruas do Ouro e do Arsenal. Quase ao dobrar a esquina para esta última rua, viu-me o director do Banco de Portugal, meu velho e dedicado amigo Gomes Neto, que, levantando os braços, exclamou: "Oh! João Franco, mataram o rei…" Ao que um polícia, ao nosso lado, acrescentou - "E mataram também o príncipe real!... Mas matámos já os que os mataram." E outro polícia ainda, com uma carabina na mão, e mostrando-ma, disse: - " Foi com esta que mataram o príncipe. Vou levá-la ao meu comandante." Perguntei para onde haviam seguido as carruagens, e ouvindo que para o Arsenal, lá me dirigi pela rua desse nome, a pé como viera até ali, sempre envolvido com populares que, apressados e inquietos, procuravam afastar-se, receando o mais que pudesse haver.»

In Franco Castello-Branco, João, Cartas D’El-Rei D. Carlos I a João Franco Castello-Branco seu último Presidente do Conselho, Lisboa, 1924

A queda da Monarquia e a Implantação da República