Este blogue foi criado pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica 2,3 D. Pedro IV com o objectivo de assinalar o Primeiro Centenário da Implantação da República em Portugal. Atendendo à importância deste momento histórico, que originou uma viragem na História do nosso país, pretendemos, com a colaboração de todos os alunos, professores e Associação de Pais, contribuir, tal como consta no site oficial – CENTENÁRIO DA REPÚBLICA 1910-2010 – para “aprofundar os valores e o ideário republicanos, em especial no que diz respeito à participação social e política e à promoção do progresso social, económico e cultural de Portugal.”

sábado, 29 de maio de 2010

Centenário da República com Banda Desenhada


"A 9ª Arte irá estar presente nas comemorações do centenário da República. Exposições de banda desenhada, reedições, animação infantil, colóquio e os concursos do Amadora BD, fazem parte da programação nacional de BD no âmbito das Comemorações do Centenário da República. Esta programação decorrerá até Agosto de 2011."
Saiba mais aqui.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Exposição: 1910 - O Ano da República


Apraz-nos divulgar a exposição "1910 - O Ano da República" que será inaugurada a 26 de Maio, pelas 18:30, na Biblioteca Nacional de Portugal. A Exposição estará patente ao público até dia 23 de Outubro
A entrada é livre.

Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal


Tel. 21 798 20 00
Fax 21 798 21 40
bn@bnportugal.pt

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Cometa Halley e a 1ª República

Em 1910, deu-se a passagem do cometa Halley* pelo planeta Terra e que foi visível também em Portugal. O misticismo existente na altura acabou por ligar , em Portugal, esta passagem do cometa à revolução do 5 de Outubro e implantação da República. No entanto, o azar temido pelas populações não foi uma catástrofe mas uma mudança de regime político.
*Os cometas eram vistos como símbolos de azar.


"Halley - O cometa republicano" é o título do livro da autoria de Joaquim Fernandes, lançado muito recentemente, que vem clarificar e desmontar as coincidências de acontecimentos ocorridos e que nada tiveram a ver com a passagem do cometa que acabou por ficar ligado à 1ª República.

Da contra-capa do livro:

«Celebrando-se em 2010 o Centenário da instauração da República em Portugal, decorre também um século sobre o maior evento de medo colectivo vivido pela população portuguesa no decurso da sua História. São expostos os nexos e fortuitas relações - acasos e coincidências inscritos na história da Astronomia - entre ambos os acontecimentos ocorridos nesse mesmo ano: cerca de cinco meses depois da sua passagem próxima da Terra, em Maio, o cometa de Halley viria a ser lembrado como uma espécie de mensageiro, anunciador da primeira mudança de regime político em Portugal desde a fundação da nacionalidade. Por tal motivo, o mais popular cometa da História humana pode ser etiquetado pelo inconsciente colectivo nacional como "o cometa da República". Muitos dos temas que emergiram na sociedade portuguesa, a pretexto da aproximação do tão temido cometa, foram usados como arma ideológica pelos republicanos contra os suportes sociais, mentais e religiosos da Monarquia. As fragilidades mentais do Portugal profundo, inseguro e supersticioso, vieram ao de cima, em todo o seu esplendor trágico e cómico. Como nos grandes dramas clássicos ou da antecipação científica, a sociedade portuguesa viveu, de facto, o transe de uma noite de "fim do mundo" !»

terça-feira, 11 de maio de 2010

Chapéus Republicanos ou Chapéus há muitos!


Temos aqui mais um exemplo da utilização do nome da República e/ou de nomes de políticos republicanos na publicidade. Desta feita, trata-se de chapéus, acessório indispensável na toilette dos homens nesta época.
Quem é que não quereria estar na moda e usar um chapéu Dr. Afonso Costa? Era a publicidade da Chapelaria A Social, publicada no Jornal A Luta, em 1907.

Fonte: 1907- No advento da República

Relógios Republicanos


Os comerciantes do início do século XX souberam também aproveitar as possibilidades de negócio e a publicidade de então reflecte essa oportunidade e a tentativa de chegar aos clientes simpatizantes da República.

Fonte: 1907 - No Advento da República

domingo, 9 de maio de 2010

Alfarrobeira e amendoeira na EB 2,3 D.Pedro IV


Para lembrar o culto da árvore, presente no ideário da República, plantaram-se na EB 2,3 D.Pedro IV duas árvores, uma alfarrobeira e uma amendoeira, no dia 29 de Abril, dia das comemorações do seu patrono.Interrogado sobre o porquê da escolha destas duas espécies, o vice-director do Agrupamento, professor Manuel Gouveia, explicou que ainda não possuíamos estas espécies nos espaços verdes da escola.
A cerimónia, muito simples, contou com a colaboração dos alunos do Clube de Música que cantaram o Hino Nacional e um pequeno discurso introdutório lido pelo aluno Gonçalo do 6L e extraído de um post deste mesmo blog sobre o tema.
Vamos agora seguir atentamente a evolução das nossas protegidas...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Implantação da República- 1910

Através da British Pathe, via you tube, chegámos a este vídeo sobre a Implantação da República, em 1910. O documentário intitulado " The Revolution in Portugal" - A Revolução em Portugal - não tem som e a qualidade também não é muito boa, mas são visíveis as barricadas na Rotunda e Avenida da Liberdade, bem como os efeitos dos bombardeamentos e o povo no Rossio.



terça-feira, 4 de maio de 2010

Os selos nos primeiros anos da República

«Os selos foram uma das armas utilizadas pelos republicanos para fazer chegar à população os seus ideais e tornar mais conhecidos os seus dirigentes. Estes selos eram muitas vezes apostos na correspondência lado a lado com os selos emitidos pelos correios, recebendo também o carimbo da respectiva circulação.»

Até 1912, os selos existentes continuaram a ser utilizados sendo-lhes realizada uma pequena modificação através de um carimbo a dizer REPÚBLICA.

A primeira série de selos republicanos foi lançada em 1912, recebendo o título de CERES, por neles figurar a deusa grega Ceres, deusa das plantas e do amor maternal. Os selos registavam também a inscrição "REPÚBLICA PORTUGUESA", no topo e "CORREIO" em baixo da figura.


Fonte: Fundação Mário Soares, Wikipédia e Leilões de selos na net

segunda-feira, 3 de maio de 2010

José de Almada Negreiros

José Sobral de Almeida Negreiros (1893-1970), artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo, foi uma figura que destacou durante o período da 1ª República. Vejamos alguns exemplos da sua pintura:

Auto-retrato


Auto-retrato de um grupo


Retrato de Fernando Pessoa



Gare Marítima de Alcântara



Amadeo de Souza-Cardoso

Foto do pintor
Biblioteca de Arte, Fundação Calouste Gulbenkian



Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918) pode considerar um dos melhores pintores portugueses de sempre. Vamos ver alguns exemplos:

Cabeça, 1913, óleo sobre tela, 61x50 cm
Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian

Cozinha da Casa de Manhouce, 1913, óleo sobre madeira, 29,2x49,6 cm
Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian


Menina dos Cravos, 1913, óleo sobre madeira, 40x26 cm
Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian



Sem título, 1917, óleo sobre tela, 86x66 cm
Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian





Toponímia da República

A Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os nomes próprios de lugares, a sua origem e evolução; é uma parte da linguística, com fortes ligações com a história e geografia. Assim sendo não é de admirar que, logo após a Implantação da República, algumas ruas da cidade de Lisboa tenham mudado de nome e adquirido nomes mais consentâneos com os heróis e ideários republicanos.

fonte: Fundação Mário Soares



A vida cultural durante a República

" Os quinze anos que correspondem à I República (5 de Outubro de 1910 a 28 de Maio de 1926) constituem um período cultural com uma identidade própria, na medida em que se regista a existência de uma política cultural dominante, o aparecimento de novas formas de organização da cultura e de modos específicos de a consumir, mas que não aparece com uma identidade própria do ponto de vista da produção cultural, nomeadamente no domínio da criação literária e artística. (...)"
Eduarda Dionísio, A Vida Cultural Durante a República,
in: História Comtemporânea de Portugal (direcção João Medina), Primeira República II, p. 9, Amigos do Livro, 1985

Cronologia breve da revolução em Lisboa



2 de Outubro:

Os Republicanos marcam a revolução para a 1 hora do dia 4.


3 de Outubro:

Assassinato de Miguel Bombarda.

20h00 Última reunião dos conspiradores na Rua da Esperança.


4 de Outubro:

0h45-1h15 Revoltas no quartel de Infantaria 16 (Campolide) e quartel da Marinha (Alcântara).

5h00 Acampamento na Rotunda.

7hoo Cândido dos Reis é encontrado morto.

8h00-9h00 Os oficiais do exército abandonam a Rotunda.

10h00 Grupo de 50 manifestantezs é recebido a tiro nos Restautadores.

12h30-16h00 Paiva Couceiro ataca a Rotunda.

14h00 O S. Rafael e o Adamastor bombardeiam as Necessidades.

16h00 A Marinha bombardeia o Terreiro do Paço.

21h00 O D. Carlos cai nas mãos dos Republicanos.


5 de Outubro:

6h00-7h00 Duelos de artilharia na Avenida.

8h00-9h00 Insubordinação das tropas no Rossio. A Répública é proclamada na Cãmara Municipal.
Rui Ramos, A Estranha Morte da Monarquia Constitucional
in: História de Portugal (direcção de José Mattoso), vol. 6, p. 380, Círculo de Leitores, 1994

Arte em Portugal: 1910 - 1918




Pintura de Amadeo de Souza-Cardoso, Barcos, c. 1913, óleo sobre tela, 30,2 x 40,6 cm

Centro de Arte Moderna / Fundação Gulbenkian, Lisboa, Portugal


"Na segunda década do [...] século, a arte portuguesa entrou subitamente em consonância com os movimentos vanguardistas europeus. A Exposição Livre (1911), os salões dos humoristas (desde 1912), a presença dos Delaunay em Portugal (1915-1917), as revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917), a vinda dos bailados de Diaghilev (1917) e a experiência dos bailados portugueses (1918) são alguns dos acontecimentos que marcaram a acção dos modernistas num ambiente cultural dominado pelo gosto naturalista. De toda essa época ficaria apenas uma lenda, se não fosse a existência da obra de Amadeo de Souza-Cardoso, apresentada em 1916 no Porto e em Lisboa. Almada Negreiros, Eduardo Viana e Santa-Rita foram os seus companheiros. Impressionismo, futurismo, cubismo, orfismo, abstraccionismo, "purismo", expressionismo e protodadaísmo constituem os diversos aspectos das obras realizadas.

Rui Mário Gonçalves, 1910-1918. Humorismo. Futurismo. A ânsia de originalidade,

in: História da Arte em Portugal, vol. 12, p. 49, Publicações Alfa, 1986