Pintura de Amadeo de Souza-Cardoso, Barcos, c. 1913, óleo sobre tela, 30,2 x 40,6 cm
Centro de Arte Moderna / Fundação Gulbenkian, Lisboa, Portugal
"Na segunda década do [...] século, a arte portuguesa entrou subitamente em consonância com os movimentos vanguardistas europeus. A Exposição Livre (1911), os salões dos humoristas (desde 1912), a presença dos Delaunay em Portugal (1915-1917), as revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917), a vinda dos bailados de Diaghilev (1917) e a experiência dos bailados portugueses (1918) são alguns dos acontecimentos que marcaram a acção dos modernistas num ambiente cultural dominado pelo gosto naturalista. De toda essa época ficaria apenas uma lenda, se não fosse a existência da obra de Amadeo de Souza-Cardoso, apresentada em 1916 no Porto e em Lisboa. Almada Negreiros, Eduardo Viana e Santa-Rita foram os seus companheiros. Impressionismo, futurismo, cubismo, orfismo, abstraccionismo, "purismo", expressionismo e protodadaísmo constituem os diversos aspectos das obras realizadas.
Rui Mário Gonçalves, 1910-1918. Humorismo. Futurismo. A ânsia de originalidade,
in: História da Arte em Portugal, vol. 12, p. 49, Publicações Alfa, 1986
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